O advogado César Oliveira lançou uma carta aberta aos seus amigos após ter sido citado em uma reportagem da Revista Crusoé, na última sexta-feira (4). A reportagem abordava uma carta escrita pela desembargadora Ilona Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), presa na Operação Faroeste em dezembro de 2020. Na carta, ela aponta que foi assediada pelo advogado para não ser investigada na operação.
Na carta aberta, o advogado chama a desembargadora de corrupta e “atual hóspede do presídio da Papuda”. “Sinto-me na obrigação de dar uma resposta à sociedade baiana, no momento em que sou atacado por uma combinação de inimigos, uns ocultos, outros nem tanto, mas que devem ter o mesmo destino da delinquente e que passaram a apelar para fakenews e ataques aos investigadores na vã esperança de que a Operação reflua e não chegue ao seu final – final este que será a assepsia e a redenção da Justiça da Bahia”, diz o advogado.
Ele confirma que recebeu em sua casa a desembargadora Ilona Reis. “Consultado, na mesma oportunidade, sobre a possibilidade de vir a ser advogado da mesma, neguei enfaticamente essa possibilidade, pois estava em estado pré-operatório e não poderia me dedicar na proporção que a situação exigia. De imediato, a presidiária me questionou sobre algum advogado que poderia indicar para defendê-la, situação que também rejeitei, embora tenha citado alguns nomes de uma geração mais velha e outros mais jovens, advogados notórios na sociedade e sem qualquer espécie de relação pessoal ou patrimonial com o signatário, que não possui sociedade de advogados com quem quer que seja”, conta.
César Oliveira diz que não é a primeira vez que investigados na operação buscam envolver seu nome por conta da amizade com a família do procurador-geral da República, Augusto Aras. Afirmou que não conhece o senador Jaques Wagner e nunca tomou conhecimento de atos ilícitos cometidos pelo petista, ou pelos deputados e empresários citados.