O jornalista Luís Ernesto Lacombe divulgou um vídeo, na última sexta-feira (04), em que expõe sua análise sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid:
“Quando eu penso na CPI da Covid, ainda que muitos adjetivos desabonadores se apresentem apressadamente, eu me remeto à substantivos.
O que temos, afinal, nesta comissão que pretende apenas emparedar o governo federal sem disfarce algum? Bizarrice, deselegância, falta de educação, grosseria, arrogância, prepotência, ameaça, intimidação, coação, manipulação, falsidade, agressividade…”, disse ele, em uma série de adjetivos.
Lacombe fez questão de salientar que o tratamento não é o mesmo para todos, já que alguns convidados são tratados de maneira muito diferente:
“Não é contra todos, claro. Porque a CPI prima pelo desequilíbrio, pela parcialidade, pela injustiça. Para aqueles que trabalham pela narrativa dos senadores, que tem contra si uma coleção de processos, inquéritos e investigações, há uma outra lista de substantivos: cumplicidade, benevolência, proteção, elogio, bajulação”, apontou ele.
E encerrou ressaltando a parcialidade explícita na forma de tratamento em cada caso:
“Para a turma que joga com os ‘coroné’, há todo o tempo pra falar sem interrupções, não tem essa de ‘sim ou não’ como resposta, simplesmente porque há um relatório pronto.
Todo mundo sabe. E cada palavra de apoio às narrativas será exaltada, enaltecida e estimulada. Já as palavras contrárias ao que o relatório da CPI quer impor como verdade, serão interrompidas, cortadas, silenciadas e eliminadas. Temos uma CPI tóxica e antidemocrática”, desabafou.