João Doria venceu Eduardo Leite na disputa pela candidatura do PSDB ao Palácio do Planalto – Foto: PSDB.
A renúncia do governador gaúcho Eduardo Leite foi a “senha” para a cúpula do PSDB deflagrar a “desidratação” de João Doria, que os filiados do PSDB escolheram em novembro candidato a presidente da República em prévias que custaram mais de R$10 milhões aos cofres públicos federais. Utilizando-se de cara-lisa muito comum nas raposas políticas, Leite chamou de “formalidade” as prévias que perdeu. E parece feliz com o papel de ser usado por velhos tucanos para passar a perna em Doria.
Destilando bílis
O presidente do PSDB, Bruno Araújo, antes cuidadoso em declarações, nesta terça (29) rasgou a máscara para praticamente descartar Doria.
Ora, o partido…
Para Araújo, mais importante do que os votos dos 44 mil tucanos nas prévias é o que ele chamou de “pacto” com partidos “aliados”.
Pacto com rivais
Bruno Araújo citou acordo, desconhecido, que prevê a retirada do nome de Doria, à sua revelia, em favor de candidato de outro partido.
Opções fraquinhas
Doria tem baixo desempenho em pesquisas, mas seus números são maiores que as opções Leite, Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (UB).
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Governo prevê chegar a 5 milhões de empregos
A surpresa de 328,5 mil novos vagas com carteira assinada criadas em fevereiro animou membros do governo para a possibilidade de atingir uma marca até pouco tempo vista como “sonho”. Desde a posse de Bolsonaro, o Brasil já criou 3,7 milhões de novas vagas apesar de dois anos de pandemia e da consequente crise econômica, mas a marca de 5 milhões de empregos com carteira assinada passou a ser possível.
Expectativa de alta
Em 2019, foram apenas 644 mil empregos e aí já veio a pandemia, que fechou quase 200 mil. Ano passado, o recorde de 2,75 milhões animou.
Em números
Segundo dados do Caged, divulgados ontem, o Brasil tem 41,1 milhões empregados formais, mas há mais de 11 milhões de desempregados.
Objetivo eleitoral
Outra meta que passa a ser viável para a equipe de campanha do presidente é reduzir o total de desempregados abaixo de 10 milhões.
Diga-me com quem anda
A revista Veja revelou que Janja, a “noiva” do ex-corrupto Lula, foge de oficiais de Justiça como o diabo da cruz, após aplicar um calote de R$220 mil na Caixa, na Receita e no condomínio de luxo no Leblon, Rio.
História de traições
O papel de Eduardo Leite ajudando a detonar João Doria fez o cientista político Paulo Kramer lembrar 1950. O PSD tinha candidato, mas apoiou Getúlio Vargas, que havia criado o PTB com a mão esquerda e o PSD com a direita, lembrou Kramer. “O Brasil não é pra amadores”, destaca.
O perigo mora ao lado
A Argentina, de Alberto Fernández, amigo de Lula, anunciou projeto de inspiração fascista para “regular redes sociais”. Não se fala em censura, só em fazer as redes “deixarem de intoxicar o espírito da democracia”.
Gaveta recheada
A briga entre o deputado Daniel Silveira e o ministro Alexandre de Moraes serviu para lembrar que já são 38 pedidos de impeachment de ministros do STF engavetados no Senado. Nove deles contra Moraes.
Más escolhas
O presidente do PSD, Gilberto Kassab, precisa fazer gol para manter a reputação de exímio articulador político. Suas grandes apostas jogaram-lhe bola nas costas: Geraldo Alckmin, Rodrigo Pacheco e Eduardo Leite.
Censura caolha
Empresário Luciano Hang lembrou que há um ano sua entrevista com quase 3 milhões de visualizações foi tirada do ar pelo youtube apesar de já haver decisão judicial para republicá-la. “Isso é censura”, disse.
Dia histórico
O governador Ibaneis Rocha (MDB) comemorou o início da entrega de contratos de regularização fundiária no DF, que teve beneficiar 10 mil moradores. “Esse dia entra para a história do DF”, celebrou.
Atentado
Há 41 anos, o então presidente dos EUA, Ronald Reagan era baleado em um atentado, em Washington D.C, por John Hinckley Jr. O criminoso foi libertado após décadas, em 2020, e hoje faz vídeos no YouTube.
Pensando bem…
…três relógios limpariam o nome da noiva caloteira.
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