Um delegado e três investigadores que foram presos preventivamente no âmbito da Operação Casmurro, deflagrada no primeiro semestre de 2021, foram soltos pela Justiça e retornaram para a Polícia Civil.
A ação que contou com a participação do Ministério Público da Bahia, em conjunto com a Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), identificou o envolvimento dos agentes de segurança com o tráfico de drogas na região de Seabra, município localizado na Chapa Diamantina.
“As prisões preventivas dos servidores datam do dia 30 de junho de 2021. Eles foram soltos pelo Poder Judiciário no dia 17 de março de 2022 e respondem em liberdade. A decisão judicial substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares consistentes na proibição de acesso à Delegacia Territorial de Seabra e/ou quaisquer formas de contatos com servidores da referida unidade. Os servidores não estão afastados do serviço público. Por ato publicado no Diário Oficial do Estado, já foram removidos para outras unidades da Polícia Civil da Bahia”, disse a corporação em nota enviada ao Bahia Notícias.
De acordo com a investigação, ao invés de incinerar completamente a droga e erradicar a plantação, os policiais teriam recebido propina de R$ 220 mil para permitir a colheita do restante da droga pelos traficantes e ainda ajudaram a transportá-la dentro das viaturas da polícia, para armazenamento em propriedade rural do empresário, até que fossem finalmente enviadas para a cidade de Salvador.
A PC publicou na edição de sábado (26) do Diário Oficial doestado (DOE), um processo administrativo disciplinar para apurar a conduta dos agentes.
“As provas colhidas durante a investigação foram avaliadas sob a ótica do direito administrativo disciplinar, a fim de saber quais e quantos dispositivos da legislação disciplinar foram, em tese, violados. Concluída a análise, publicou-se a portaria de instauração do Processo Administrativo Disciplinar”, disse a PC no comunicado.
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