O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, ligou para o chanceler da Ucrânia nesta terça-feira (1º), na primeira conversa entre os dois países desde que a Rússia deu início à guerra na última semana -Pequim é aliada de Moscou e se absteve de condenar a invasão nos fóruns da ONU.
Em comunicado, o governo ucraniano afirmou que o chanceler Dmitro Kuleba pediu aos chineses que usem os laços com o governo russo para tentar acabar com a guerra. Kiev disse que ouviu do ministro chinês a promessa de que o país fará “todos os esforços” para resolver o conflito por meio da diplomacia.
Wang voltou a pedir por uma solução para a crise por meio de negociações, dizendo que apoia os esforços internacionais para que possam alcançar uma resolução política, disse o Ministério das Relações Exteriores chinês em comunicado.
Em janeiro, o líder chinês Xi Jinping celebrou 30 anos de laços com a Ucrânia, saudando o “aprofundamento da confiança política mútua” entre eles. China e Ucrânia têm fortes laços econômicos e o país faz parte da Nova Rota da Seda.
Ao mesmo tempo, Pequim tem rechaçado as sanções econômicas impostas a Moscou -a Rússia aposta no comércio com a China para reduzir o impacto das medidas econômicas impostas pelo Ocidente.
A China começou a retirar seus cidadãos da Ucrânia, segundo o Global Times, jornal ligado ao Partido Comunista Chinês. A primeira leva de chineses retirados do país inclui 200 estudantes que vivem na capital, Kiev, e 400 em Odessa, no sul do país. Eles saíram em um ônibus escoltado em direção a Moldova. De acordo com o jornal, outros mil chineses devem ser evacuados nesta terça (1º) pelas fronteiras com a Eslováquia e a Polônia. Ao todo, 6.000 chineses se registraram na embaixada para serem retirados do país.
Na última semana, o dirigente chinês, Xi Jinping, telefonou ao presidente russo, Vladimir Putin, e, segundo o que foi divulgado, afirmou que “a China apoia a Rússia e a Ucrânia para que elas resolvam os problemas por meio de negociações”.