O futebol brasileiro entrou de cabeça na luta contra o racismo e violência. Com o objetivo de debater e realizar ações concretas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) criou uma comissão de 46 membros, representando mais de trinta instituições, entre elas a própria CBF, FIFA, federações, clubes e o Ministério Público.
O ex-goleiro Aranha, vítima de injúria racial durante uma partida de futebol, foi um dos escolhidos para representar os atletas. Entre as agremiações, o destaque vai para dois membros do Bahia: o presidente Guilherme Bellintani, o gerente de comunicação do clube, Nelson Barros Neto. Outro membro ligado ao Tricolor é Onã Rudá Silva Cavalcanti, fundador da LGBTricolor e fundador do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQs.
A primeira reunião do grupo será no dia 1º de novembro, às 10 horas, por meio de videoconferência, sob a coordenação do gerente de projetos da CBF, Ricardo Leão. Todos os clubes filiados de todas as divisões do futebol brasileiro (séries A, B, C e D; além da A1, A2 e A3 do Brasileiro Feminino) já foram notificados da criação da comissão.
A CBF já tinha indicado a criação deste grupo de trabalho no Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, realizado em agosto. Segundo a resolução assinada pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a comissão foi criada para “discutir os aspectos legais e operacionais relacionado ao aprimoramento do marco regulatório, das políticas públicas e dos procedimentos desportivos, bem como da coordenação das ações pelos diferentes agentes, públicos e privados, envolvidos no enfrentamento do racismo e da violência no futebol”.
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