Denice Santiago, Anselmo Brandão, André Porciúncula e Humberto Sturaro. O que eles têm em comum? São alguns dos 48 policiais militares da Bahia que vão disputar as eleições de 2022. O número foi obtidos pelo Bahia Notícias através de dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizados no site Divulcand.
Se comparado com o pleito de 2018, a diferença surpreende. Na eleição que consagrou o governador Rui Costa (PT) para mais quatro anos de mandato, 18 PMs se candidataram no estado. Em relação a quantidade de candidaturas homologadas neste ano, o aumento é de 166,6%. O único do grupo que conseguiu se eleger foi Capitão Alden (PSL), que garantiu uma vaga como deputado estadual.
O crescimento é ainda maior se for levado em consideração mais dois nomes da corporação que não se apresentaram como policiais militares. O deputado federal Pastor Sargento (Avante) e o deputado estadual Soldado Prisco (União) homologaram a candidatura com a ocupação de deputados. Somados a essas candidaturas, o total chega a 50, o que representa um aumento de 177,7%.
O partido que de longe conseguiu filiar mais militares foi o PL, a mesma sigla do presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição. Ao todo são 12 agentes da PM que se filiaram ao partido. A segunda legenda com mais PMs é o Solidariedade, com sete nomes. Dos 48 postulantes, 26 concorrem a uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e 22 disputam uma vaga na Câmara dos Deputados.
Os números na Bahia seguem a tendência do cenário nacional. Em 2018, o Brasil registrou 603 candidaturas de agentes da PM e neste anos subiu para 832, um aumento de 37,9%. Ainda de acordo com os dados do TSE, há quatro anos a profissão de policial militar foi a 11ª mais comum entre os candidatos registrados. Em 2022, o total de PMs saltou para quinto lugar na lista, ultrapassando ofícios como médico, comerciante, administrador e professor de Ensino Médio.
Os policiais militares têm uma legislação específica que precisam cumprir para se candidatar. A data limite para desincompatibilização desses servidores venceu em 1° de julho, três meses antes do primeiro turno das eleições, que acontecem em 2 de outubro. A filiação só pode acontecer durante o período das convenções partidárias, que neste ano ocorreu entre os dias 20 de julho e 5 de agosto.
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