Cajado nega conversas com PT na Bahia e diz que foco é ‘aumento de votos de Bolsonaro’

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Foto: Reprodução / Instagram

Presidente nacional interino do Progressistas, o deputado federal Cláudio Cajado assegura que não existem “fato diferente” do apoio à candidatura de ACM Neto (União) na disputa contra Jerônimo Rodrigues (PT) pelo segundo turno do governo da Bahia no próximo dia 30. Em entrevista ao Bahia Notícias, Cajado disse que “está todo mundo sendo procurado”, mas que “muita fofoca” circula nesse período. Nos bastidores, circularam rumores de que ele e o deputado federal Mário Negromonte Jr. estariam articulando uma reaproximação com o grupo político de Rui Costa (veja aqui e aqui).

“Não tem conversa, eu não sentei com ninguém, sobre nada, nem sobre mudar de lado. Quanto mais se fala com a imprensa, mais aumenta”, desconversou o dirigente nesta quarta-feira (5). Segundo ele, existiram insatisfações com a condução da direção estadual do Progressistas no processo de rompimento com o governo, ainda em março (reveja mais), mas nada que atrapalhe a relação construída na campanha. “Fiz fortemente campanha para Cacá, fiz campanha para ACM Neto”, garantiu.

Segundo o deputado, há uma demanda específica para a Bahia, dada pela executiva nacional, da qual ele é integrante. “Estou fazendo um movimento para que haja um aumento dos votos de Bolsonaro na Bahia, com os prefeitos principalmente. Essa é a posição nacional do partido. A nacional está com Bolsonaro desde o primeiro turno. É uma definição da executiva nacional”, explicou – o alinhamento entre Jair Bolsonaro e o PP foi firmado com o aval de caciques como o ministro Ciro Nogueira e o presidente da Câmara, Arthur Lira. A Bahia, no entanto, teve como palanque para Bolsonaro a chapa de João Roma (PL).

“Há insatisfações com algumas conduções no processo político. Acho que as decisões do partido têm que ser coletivizadas, não tomadas por duas ou três pessoas. Isso não é novidade. Passando pela mudança de Leão para Cacá ser indicado ao Senado”, relembrou Cajado. A referência ao episódio envolvendo a substituição de João Leão por Cacá Leão na vaga ao Senado na chapa de ACM Neto não é nova e já tinha sido alvo de críticas de membros do partido no passado. Cacá não foi eleito e o pai, que preside a legenda na Bahia, foi eleito deputado federal por média.

APOIO A ACM NETO

Cajado reiterou durante a conversa, em mais de uma oportunidade, que defende a candidatura de ACM Neto desde 2018, quando o então prefeito de Salvador desistiu de concorrer ao governo. “Discordei do posicionamento em 2018 e acabou que tomei a decisão de sair. Naquele momento eu não via uma candidatura sem ser a de ACM Neto para derrotar o PT”, rememorou.

O parlamentar ainda reforçou que ACM Neto e Bruno Reis cumpriram os acordos feitos com o Progressistas e que não existem queixas na relação entre a sigla e o grupo político do ex-prefeito da capital baiana. “Quem ficou a frente de efetivar as nominatas fui eu e Jabes Ribeiro. ACM Neto e Bruno Reis foram 100% corretos. Pessoalmente não tenho nenhuma queixa”, disse, aludindo ao papel do atual gestor da capital baiana na formação das listas de candidatos para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia Legislativa da Bahia. “Por pouco não fizemos mais um federal”, completou.

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