Banqueiros não romperam com Bolsonaro, diz vice-presidente do Bradesco

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Fala ocorreu durante evento realizado pelo grupo empresarial Esfera Brasil, em São Paulo

O presidente da República, Jair Bolsonaro | Foto: Anderson Riedel/PR

O vice-presidente do Banco Bradesco, André Rodrigues Cano, afirmou que não existe qualquer tipo de rompimento na relação entre banqueiros e o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). A fala ocorreu durante evento realizado pelo grupo empresarial Esfera Brasil em São Paulo, na sexta-feira 19, que reuniu autoridades como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).

No evento, um grupo de jornalistas estrangeiros perguntou ao vice-presidente do Bradesco se o empresariado iria acompanhar Bolsonaro como ocorreu na eleição anterior. “Não sei dizer. Falo pela minha empresa, o Bradesco. Não temos qualquer tendência política”, disse Cano. “Trabalhamos com o governo que tiver, não temos qualquer preferência por A ou B.” O grupo também perguntou se o empresariado havia rompido com Bolsonaro. “Não rompeu”, afirmou Cano. “Ele inclusive esteve na Febraban recentemente, foi muito bem recebido, tratou todo mundo bem. Não há qualquer tipo de rompimento”.

Cano se referiu ao encontro de Bolsonaro com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional das Instituições Financeiras no início deste mês. Na reunião, Bolsonaro falou sobre a economia brasileira e criticou a ascensão da esquerda no Chile e na Colômbia. Ele também disse que os banqueiros deveriam julgá-lo por suas atitudes, e não assinar “cartinhas”. O chefe do Executivo se referia ao manifesto elaborado pela Universidade de São Paulo e assinado por banqueiros e políticos.

Ainda durante o evento do Esfera Brasil, o grupo de jornalistas estrangeiros perguntou a Cano se o empresariado tinha alguma preocupação com o futuro da democracia. “Não, não temos preocupação”, afirmou o vice-presidente do Bradesco.

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